Não é fácil ser Celina. A produtora tem passado por poucas e boas nos últimos capítulos de Balacobaco. O acontecimento mais recente na vida da personagem foi o reaparecimento de Magno, que acordou do coma após meses no hospital. Abalada com o retorno do ex-amante, Celina levou-o para sua casa, provocando a fúria de Vicente e de seus filhos.
Para saber como a mãe de Gabriela e Rafael lidará com toda essa situação, conversamos com a atriz Ingra Liberato, que interpreta Celina na novela. Ingra falou sobre os bastidores da trama, sua vida pessoal e ainda fez algumas revelações. Leia a entrevista abaixo e fique por dentro!
Balacobaco - Como tem sido viver a Celina em Balacobaco?
Ingra Liberato - O convite foi superbem-vindo, pois eu estava há 11 anos morando em Porto Alegre, e tinha um mês e pouco que eu estava no Rio quando a Record me chamou para fazer a novela. Então, foi um momento em que eu estava cheia de vontade, querendo e com todo o gás para entrar num projeto como esse. E a Celina está sendo um desafio, porque ela vai de oito a oitenta. Ela começou como uma mãe superamorosa, supertradicional, viveu em Londres seis anos, aquela coisa bastante conservadora.
Aí, logo no início, a Celina começou a não ter a atenção do marido, envolveu-se com outro cara, e isso virou a vida dela de pernas paro ar. Ela se separou, esse amante entrou em coma, saiu do coma, ela o levou para casa... A vida dela é um furacão, um vendaval que ela acompanha com a maior garra, ela é superguerreira. Ela tem o trabalho dela e ao mesmo tempo cuida da família. Quando precisa defender os filhos, ela vira uma leoa. Quando precisa atacar o Norberto, que é o vilão, ela também parte para cima. Eu já tive algumas cenas de luta física com ele. Eu estou achando ela máximo. Ela é uma mulher com uma riqueza de sentimentos muito grande.
Balacobaco - A Celina está vivendo um dilema: ela precisa escolher entre a família e o Magno, seu grande amor. Qual vai ser a decisão dela?
Ingra Liberato - Nas últimas cenas que eu gravei, ela já diz claramente para os filhos e para os funcionários dela – e já disse até para o Vicente – que o ex-marido é o grande amor da vida dela. Então, ela chegou à conclusão de que o ex-marido é o amor da vida dela. Mas, ao mesmo tempo, ela se sente em dívida com o Magno, que levou um tiro e quase morreu por amor a ela. Então, as pessoas não conseguem condená-la tanto assim. O julgamento com ela é que ela errou por se envolver com outro durante o casamento, mas as pessoas entendem que ela está cuidando desse ex-amante por uma devoção, por uma gratidão. Os sentimentos dela são muito nobres e muito reais também. Eu estou apaixonada pela Celina.
Balacobaco - Qual foi a cena da Celina que mais te marcou até agora?
Ingra Liberato - São várias. De ação, sem dúvida, foi quando a Celina tentou gravar uma confissão do Norberto, ele descobriu que ela estava cheia de microfones e eu dei muitos tapas nele. A gente teve uma luta física na agência. Tudo foi a gente que fez. Foi tudo muito bem ensaiado, mas tem uma dose de violência. No dia seguinte, eu sempre tenho umas marcas roxas pelo corpo [risos]. Então, de ação, foi essa.
Agora, tiveram as cenas com o Vicente, no processo de separação do casal, que foram muito doídas, muito difíceis para mim. Principalmente, as cenas em que eu peço para ele voltar para casa e ele não volta; e diz que está apaixonado pela Mirela. E também tem as cenas de briga com a Mirela, que eu adoro, que são as cenas em que eu solto o cachorro e a xingo de tudo que é nome. E como ela [Thais Pacholek] é uma pessoa muito querida, minha amiga, a gente faz com vontade. Eu tenho o maior prazer de fazer.
Balacobaco - Seu filho costuma assistir à novela? Ele faz comentários sobre a Celina?
Ingra Liberato - Assiste! E adora! Às vezes, ele vai para o estúdio. Adora assistir às gravações. Acompanha toda a história. Já conheceu o Vitor Facchinetti [Rafael] e a Ciça Banal [Gabriela], que fazem meus filhos. Ele adora o Norberto. O que ele mais gosta da novela é o vilão!
Ingra Liberato - Olha, acho que vilão é mais divertido. Você pode tudo. Você não tem restrição de ação. Mas a Celina é uma personagem que eu não vejo nem como vilã nem como mocinha. Ela tem valores e sentimentos muito justos, mas ela também segue o coração dela e comete loucuras. Tem horas em que ela faz coisas que as pessoas condenam, mas depois o comportamento dela é justificável. Tem uma coerência no que ela faz. Esse tipo de personagem, para mim, que faz coisas erradas e coisas certas, são os personagens mais ricos. Agora, se tivesse de escolher entre vilã e mocinha, acho que o vilão se diverte mais.
Balacobaco - Mande uma mensagem para os telespectadores da novela.
Ingra Liberato - Quero dizer para vocês que a gente está amando fazer a novela. Eu vou todo dia gravar cheia de vontade. A gente ri, a gente chora. Tudo é de verdade, porque é gostoso fazer isso. A gente faz para vocês. Muito obrigada pela audiência, que está subindo cada vez mais. Eu gosto de conversar com as pessoas no Twitter durante a novela, e as pessoas estão amando, elogiando, e xingam, e reclamam... Fica todo mundo assim superinflamado, superemocionado, entrando no clima. E é o que a gente faz lá. A gente está colocando o coração, a alma. A gente entrou de cabeça nesse trabalho, e está valendo a pena. A gente está bem feliz. E cada dia de trabalho é dedicado ao telespectador. Então, a gente se encontra lá no horário de Balacobaco, na Record.
Site Oficial de Balacobaco - R7
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