No capítulo desta quarta ( de José do Egito, o jovem filho de Jacó (Celso Frateschi) será jogado em um fundo buraco pelos irmãos. A ideia de Simeon (Caio Junqueira) dá início ao maior pesadelo de José: Judá (Vitor Hugo), para poupá-lo da morte, sugere vender o irmão como escravo.
Apesar da maldade, a cena é mais uma que promete tirar o fôlego. Pelas imagens prévias já divulgadas, a fotografia da minissérie e a entrega de Ricky Tavares como José prometem emocionar o público. Mas isso tudo não seria possível sem a cenografia, que construiu o cenário com perfeição.
O R7 falou com Daniel Clabunde, diretor de cenografia de José do Egito, para saber como foi o processo de montagem do buraco. A parte externa foi criada em uma locação em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e o interior foi montado em um dos estúdios do RecNov.
Daniel explicou que o estudo começou, na verdade, em Rei Davi. Para a última trama bíblica, a equipe de cenografia precisou construir uma caverna para a personagem Allat (Cibele Larrama).
— É um processo difícil de ser feito, porque o objetivo maior da cenografia, além de transmitir a mensagem que o texto pede, é buscar realidade. Não é todo tempo que nós montamos cavernas, grutas ou buracos. Mas já tivemos uma experiência em Rei Davi. Na época, nós fomos até Diamantina, em Minas Gerais, onde as cenas foram rodadas. Como a caverna da Allat tinha muitas sequências, nos foi solicitado uma caverna cenográfica no RecNov.
O primeiro passo, segundo Daniel, é fazer um estudo do objeto que será reproduzido. A equipe retornou para o Rio de Janeiro com diversas rochas, terra e calcário para ser como referência na hora da simulação deste material.
— A montagem seguiu o padrão da estrutura de madeira e colocamos blocos grandes de isopor para dar o formato. Nós revestimos esse isopor com uma mistura de fibra de vidro e aplicamos um preparado químico (uma massa maleável) para dar o aspecto de rocha. Depois que essa massa seca, nós ainda esculpimos para finalizar o formato.
Daniel explicou que depois de esculpida, a peça vai para as mãos da pintura de arte “para colocar a cor da terra, da rocha, aplicar musgos e raízes que encontramos nas cavernas reais”. Com essa experiência em Davi, a montagem do buraco para as cenas de José do Egito foi tranquila.
— Assim como em Davi, nós trabalhamos sempre em conjunto com o diretor de fotografia, que vai projetar a luz para realçar texturas, formatos, etc. Em José do Egito, nós estamos trabalhando com um buraco, e não com uma caverna. Então a entrada de luz é a óbvia, por cima. A experiência com a caverna de Allat nos deu base, e nós completamos com pesquisa em livros, na internet, em depoimentos de pessoas que já entraram em lugares assim.
O resultado final ficou além do satisfatório. Alexandre Avancini, diretor-geral, pediu que aumentassem ainda mais a altura do cenário para carregar de dramaticidade.
— Nós construímos uma maquete em escala e pedi para montarem em tamanho real. Inicialmente, o buraco tinha 5 metros de altura, mas para dar a grandiosidade que o diretor queria, aumentamos para 7 metros de altura. De área tem mais ou menos 100 metros quadrados.
O resultado você vê na telinha. José do Egito vai ao ar todas as quartas-feiras, 21h45, na Record!
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